
O Supremo decidirá se os torturadores podem ser anistiados.A tortura está presente no cotidiano das delegacias e nas ruas da periferia.Os atuais torturadores,são herdeiros de práticas hediondas perpetradas em períodos como o Estado Novo e a ditadura militar.
Criado em 1978, o movimento pela anistia recebeu o apoio de diversas organizações da sociedade brasileira, entre elas se destacaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Essas instituições, juntamente com o movimento estudantil e operário, deram início a uma série de manifestações públicas por todo o país e fundaram os primeiros Comitês Brasileiros de Anistia.
Foram criados comitês em várias capitais, e em dezembro de 1978, foi realizado o Primeiro Congresso Nacional da Anistia onde foi lançada a palavra de ordem “Anistia ampla, geral e irrestrita”.
Sob a pressão das ruas e de uma minoria no Congresso Nacional, composta pela bancada de parlamentares do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o governo envia ao parlamento, em Brasília, um projeto de lei bastante restritivo. O projeto foi rejeitado tanto pelos parlamentares da oposição quanto pelos comitês de anistia.
Dos cárceres, os presos políticos entraram na campanha denunciando as torturas e iniciando, em 22 de julho de 1979, uma greve de fome nacional que durou 32 dias.
Em 18 de agosto de 1979, o presidente João Batista de Figueiredo, encaminha ao Congresso Nacional um novo projeto que é aprovado em 28 do mesmo mês.
Não foi uma anistia ampla, geral e irrestrita como almejavam os que por ela lutavam, pois não libertou presos condenados pela pratica do “crime de terrorismo” e por ter anistiado os que ,a serviço dos órgãos de repressão, cometeram crimes de tortura e assassinato. Entretanto, foi um avanço por ter possibilitado a reintegração a sociedade de milhares de vitimas do regime militar que se encontravam nos cárceres, na clandestinidade ou no exílio.
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